Como parte das iniciativas de celebração do Ano Inaciano (2021-2022), a Comunidade de Saúde e Bem-Estar São Luiz Gonzaga, em Fortaleza (CE), apresenta a 9ª Oração Quinzenal para este ano jubilar.
Introdução – Tema: Chamados à Reconciliação e à Justiça em favor dos mais pobres. Iniciamos mais um momento de oração, neste Ano Inaciano, tomando consciência da presença do Senhor que nos convida a abrirmos nossos corações, nossas mentes e todo nosso ser. Assim, nos conectamos com nosso interior, deixando de lado os ruídos internos e externos para favorecer o encontro do Pai, com o filho pródigo, para nos reconciliar.
Todos – Pedimos que o Senhor Jesus nos conceda sua graça para que sejamos pessoas de reconciliação e de justiça. “Senhor, reconcilia-nos convosco e que os nossos corações sejam como o vosso”.
Comentário 1 – Olhando para a redondeza e a globalidade do mundo, como manda Santo Inácio, encontramos as pessoas sendo forçadas a viver em condições sub-humanas, como resultado de um sistema econômico perverso. Vemos como, em nome da chamada globalização, as identidades pessoais e culturais estão desaparecendo. Esta realidade precisa ser “curada” como a ferida de Santo Inácio em Pamplona. Fazemo-nos presentes nestes lugares para nos dispor a sermos pessoas decididas a trabalhar sempre mais pelo Reino de Deus.
Carta de São Paulo – 2 Cor 5,17-21
Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo. Tudo isto vem de Deus que nos reconciliou consigo, por Cristo, e nos cofiou o ministério da reconciliação. Porque é Deus que, em Cristo, reconciliou consigo o mundo não levando em conta os pecados dos homens; e pôs em nossos lábios a mensagem da reconciliação. Portanto, desempenhamos o encargo de embaixadores em nome de Cristo; e é Deus mesmo que exorta por nosso intermédio. Em nome de Cristo vos rogamos: reconciliai-vos com Deus. Aquele que não conheceu o pecado, Deus o fez pecado por nós, para que n’Ele nos tornássemos Justiça de Deus.
Todos – Que esta reconciliação possa ser vivida antes de tudo em nossas comunidades, perdoando-nos e servindo-nos mutuamente, para que possamos ser autênticos anunciadores da misericórdia.
Da Congregação Geral 35ª (decr. 3, nn. 16-17)
Somos enviados a esta missão pelo Pai, como o foram Inácio e os primeiros companheiros em La Storta, juntamente com o Cristo Ressuscitado e Glorificado, mas ainda levando a cruz que é realidade no mundo e que ainda deve experimentar a plenitude de sua reconciliação. Num mundo dilacerado pela violência, pelas lutas e pela divisão somos chamados a comprometermo-nos com Deus que, em Cristo, reconcilia o mundo consigo, sem levar em conta seus pecados. Esta reconciliação chama-nos a construirmos um mundo novo de relações justas, em novo jubileu, que supere todas as divisões, de modo que Deus possa restaurar sua Justiça para todos. Esta tradição de construirmos pontes, nas situações de fronteira, torna-se crucial para o mundo de hoje. Só poderemos ser pontes, no meio das divisões do mundo fragmentado, se estivermos unidos pelo amor de Cristo. Nosso Senhor, por laços pessoais, como os que ligaram Xavier a Inácio, por meio dos mares, e pela obediência, Ele mesmo é que envia cada um de nós em missão a qualquer parte do mundo.
Todos – Que a consciência de nossa vocação à Companhia aumente em nós o amor a Jesus Cristo que nos chama e nos envia; que o dever de construirmos pontes tenha lugar em nossas comunidades; bem como no campo de nossa ação apostólica.
Lado 1 – Nossa reconciliação em Cristo deve demonstrar-se em sinais de vida pessoal, comunitária e institucional; nossa situação de “vida oculta em Nazaré”, não pode apagar em nós a chama do ardor apostólico de São Francisco Xavier.
Lado 2 – A reconciliação do mundo e de pessoas em conflito deve fazer de nós pessoas aptas para o ministério da reconciliação; a disposição de aprender a lidar com tais dificuldades deve tornar-se presente em nossas relações comunitárias e apostólicas.
Oração final
Todos – Senhor Jesus, dai-nos a força de anunciar o Reino do Pai, Reino onde habita a justiça e a paz, levando todos a crerem em Vós; que não caiamos jamais na apatia; que estejamos sempre dispostos a fazer aqui e agora Vossa Santa Vontade. Assim seja.
Pai Nosso…
*Elaborada, quanto possível, segundo os subsídios da Conferência dos Provinciais Jesuítas da América Latina e do Caribe (CPAL).